Ou é o fim para o novo início?
Amanhã começo a escrever a conclusão do meu "trabalho de conclusão de curso". A quase jornalista, está a poucos passos e poucos meses de não ser mais quase.
Para os mackenzistas, o tão conhecido TGI é fonte de muito trabalho, muita dor de cabeça, algumas brigas, pilhas e pilhas de livros, noites e noites sem dormir, dias e dias sem outro assunto.
Para muitos, é a pior parte da faculdade, é a coisa mais chata que tem para fazer...
Para mim o TGI significou algo bem diferente.
Fiz um pouquinho por dia, para sentir o gostinho aos poucos – do jeito que a gente faz quando come o doce preferido, ou aquela pizza – para não sentir que a faculdade que eu tanto quis fazer, e fiz com tanto gosto, estava acabando.
Droga, ela está.
Já sofro antecipadamente, como se fosse a despedida de alguém que faz as malas na sua frente, enquanto você olha para a passagem – só de ida – para um lugar que dificilmente você poderá acompanhar.
Não sofri por causa do TGI. Sofri com ele. Dos dias que passaram e os prazos venceram, e que, mesmo estando cumpridos, eles apareceram. E eles não deixaram de aparecer.
E, a cada prazo finalizado, eram dias a menos o que eu ganhei. Dias a menos de aulas viajadas, que ninguém gostou muito, mas que sempre me fascinaram. Dias a menos de festas que fomos, ou que sofremos por não poder ir. Dias a menos de conversas de bar – mesmo longe da Maria Antonia. Dias a menos de Chipas, de croissant de chocolate, de Dog prensado, de almoços – acompanhados – de 10 minutos, para não atrasar para o estágio. Dias a menos de fofocas, dias a menos de lembranças de uma viagem e uma experiência incrível, dias a menos de "histórias de juca para contar".
Dias a menos de risadas, dias a menos de quatro anos que pareciam infinitos, mas que começaram a acabar.
Amanhã escrevo também os agradecimentos. Que pena termos apenas 50 páginas – no máximo – para o relatório todo.
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Hoje caiu a ficha de que só por mais um mês entrarei naquele prédio, pegarei fila pro elevador, xingarei o professor, reclamarei que as aulas são chatas, que os professores são malucos, que as pessoas são estranhas... Sentirei falta!
ResponderExcluirAfinal lá conheci as pessoas que quero pra sempre na minha vida!
A gente passa por essa, pode ter certeza!
é... dias a menos, mas ao mesmo tempo, os dias que nos esperam nos afogam. Não sei quanto a vc, mas esses dias me dão medo, sabe aquele medo de criança?
ResponderExcluirRelembra comigo: Primeiro dia de aula, meninos carecas e meninas com caras de bebês e ainda meio bochechudas.
Acho que esse sentimento é de poucos. É um sentimento honroso reservado apenas para aqueles que sentiram com os poros a vivência, as lições, o ambiente, o Mackenzie.
4 anos em 50 folhas....
mas as 50 folhas mais suadas e resultado de todo os nossos aproximados 1460 dias.... o que antes eu falaria "Nossa, tudo isso?!!" Hoje eu lamento: "Poxa, só isso... e agora faltam menos de 40 para acabar..."
Foi muito bom te conhecer... Prazer, Isabel....
Com carinho, da amiga de FACULDADE e da vida
Renata
Nossa....eu amei a escrita deste texto!!! Só para que você tenha noção do quanto está bom de ler, que nem se sente a leitura, são agora 00:00 de uma sexta - feira, dia que lá fora faz 9°C, que acordei umas 6 e pouco da manhã, que cheguei por volta das 23:00....e que o sono é inevitável rs.... mas li o texto todo sem sentir, qdo vi, já havia acabado!
ResponderExcluirAlém disso, achei interessante a descrição de tudo que vcs vivenciaram lá na hora do programa! Não achava que fosse tudso tão artificial e controlado! Bem curioso!
Bjos e parabéns!
Ma!