domingo, 20 de janeiro de 2008

"Os poucos que viram você aqui
Me disseram que mal você não faz
e se eu numa esquina qualquer te vir
será que você vai fugir?"

... hope not

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Discípulos de Rhonda Byrne

Não li e não gostei.
Se a igreja evangélica, o BBB, a novela das 8, o funk, ou a moda das bolsas insanamente grandes não te pegaram ainda, cuidado... O tal do Segredo vai te pegar.
Não sou uma pessoa pessimista, nem de mal com a vida, ou muito menos em depressão.
Quem me conhece sabe que adoro uma piadinha, que abraço até o poste, se ele me der intimidade para tal, e não posso ver criança ou cachorro por aí que tenho vontade de levar para casa...
Mas depois que o big-hit-sucesso-best seller do ano resolveu pousar na cabeceira das minhas melhores amigas, e executar a lobotomia / lavagem cerebral nelas, virei alvo da catequização.
É essa a palavra... Quem o lê, aparentemente entra numa onda de paz-amor-pensamento positivo, que irritaria até mesmo o Buda... É um tal de Pense assim para cá, Mentaliza que vai dar certo para lá, que pelo amor...
E virei prato cheio. A “Miranda” (não entendeu, joga no google, ou vê uns posts para baixo), mais pé no chão da roda, é o maior desafio para elas. Taurina com T maiúsculo de teimosia, e praticante da famosa frase do Faustão “Isso tem alguma chance de dar certo?!”, ainda não me convenci de que tenho que afirmar coisas inexistentes para que elas passem a existir ou ficar com o pensamento fixo em algo e isso se realizará..
Tentei fazer isso no trabalho esses dias. Passei o almoço todo pensando: quando eu voltar para a mesa o relatório ESTARÁ pronto, ele ESTARÁ pronto!!! Não adiantou não..
Tentei também hoje de manhã... Mentalizei: ainda são 6h, ainda são 6h... Não mudou.. já eram 7h horas e eu já estava atrasada...
(Será que os corintianos mentalizaram que iriam cair para a segundona? Estranho...)
Não que eu seja um burro empacado ou uma idosa descrente – apesar do pique dos 70 anos. Mas para mim essa história ainda não colou...
E além disso tudo, o tal do livro, que não li e não gostei, fala o que os meus lindos Los Hermanos dizem há tempos: “Aponta pra fé e rema”...
Fé. É isso que no final das contas a gente precisa?
Ainda prefiro pensar que não é só acreditar. Apontar, sim... Mas também tem que remar.. E como.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Sign by a dream

She has never been that mystical.
But had always trusted her feelings, her sixth sense. And most than that, she has always trusted in signs.
She had been searching for those for about a month. Anything could mean something.
She could analyze which of them was a sign or was not. And those signs never appeared. Rarely saw one. Or had admitted it was one.
Anyway, she followed her intuition and wishes. She never regrets doing what she felt like. Regarding but confident, kept waiting for something to guide her. But it never came.
Tired of waiting, despite not letting go or even forgetting or giving up, she knew it was over.
It didn’t happen the time she wasn’t expecting. It was not a surprise. She had still dreaming of.
And had a dream. And it was everything she was asking for. It was a sign.
It said exactly what her intuition, her sixth sense, her humor was telling, screaming for her.
Yes, it was over.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Fantástica fábrica... Parte 1

Costumo falar que São Paulo é uma fábrica de malucos. E quando você anda por aí, muito a pé, metrô, ônibus e afins, tem “acesso” a boa parte dessa produção.
Claro que são as pessoas mais simples, que vagam pelas ruas com as suas atitudes não ‘confortáveis’ para a sociedade, que mais se sobressaem, mas quem não tem uma loucurazinha ou um vizinho, parente, amigo bem maluco, que atire a primeira camisa de força.

Mas hoje, como todos, vou me focar exclusivamente na loucura daqueles que sã e sabiamente se recusam à “sanidade” socialmente aceita.

Essas “figuras” a gente encontra facilmente em cidades como São Paulo. Se quisermos fazer uma espécie de releitura e pensar em crônicas de uma certa São Paulo, certamente falaríamos deles.

Hoje fugi de uma loucura provavelmente criada em São Paulo. Já fui “vítima" de tal atividade e hoje revi e quase revivi.

Explico: Perto do Mackenzie (dentro dele inclusive), há um senhor de idade – com um nariz impressionantemente grande – que vive para baixo e para cima com uma cadeira de rodas. Sim. COM uma cadeira e não EM uma cadeira.

Logo no começo da faculdade o conheci. Dentro do ônibus, ele carregava sua cadeira, fechada, como sempre, e vestindo a incansável camiseta branca com o símbolo do próprio Mackenzie. Lembro que ele desceu do ônibus no mesmo ponto que eu, com a cadeira, e sempre muito mal humorado. Parei no cruzamento para atravessar a rua, quando fechasse, e de repente, sinto algo me “atropelando”. Sim era a sua bendita cadeira inseparável... Afastei, para dar passagem. Não adiantou... A pequena roda da frente continuou insistindo em ficar em cima do meu singelo all star 35... ai descobri: se tratava de mais um produto da fantástica fábrica de maluquinhos...
A mania do querido é atropelar, propositadamente o pé dos passantes que, quanto mais tentar afastar, mas atrai o dito...

Hoje encontrei o próprio... Logo que ele surgiu, relembrei de já tê-lo visto por aí... Claro, ele logo entrou em ação e escolheu sua vítima, e eu tratei de me afastar completamente de qualquer espaço passível de virar rota. Funcionou.

Mas gerou esse texto hoje e lembrei de tantos outros doidinhos que vejo sempre por aí...

Mas isso é assunto para um outro post...