sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Fantástica fábrica... Parte 1

Costumo falar que São Paulo é uma fábrica de malucos. E quando você anda por aí, muito a pé, metrô, ônibus e afins, tem “acesso” a boa parte dessa produção.
Claro que são as pessoas mais simples, que vagam pelas ruas com as suas atitudes não ‘confortáveis’ para a sociedade, que mais se sobressaem, mas quem não tem uma loucurazinha ou um vizinho, parente, amigo bem maluco, que atire a primeira camisa de força.

Mas hoje, como todos, vou me focar exclusivamente na loucura daqueles que sã e sabiamente se recusam à “sanidade” socialmente aceita.

Essas “figuras” a gente encontra facilmente em cidades como São Paulo. Se quisermos fazer uma espécie de releitura e pensar em crônicas de uma certa São Paulo, certamente falaríamos deles.

Hoje fugi de uma loucura provavelmente criada em São Paulo. Já fui “vítima" de tal atividade e hoje revi e quase revivi.

Explico: Perto do Mackenzie (dentro dele inclusive), há um senhor de idade – com um nariz impressionantemente grande – que vive para baixo e para cima com uma cadeira de rodas. Sim. COM uma cadeira e não EM uma cadeira.

Logo no começo da faculdade o conheci. Dentro do ônibus, ele carregava sua cadeira, fechada, como sempre, e vestindo a incansável camiseta branca com o símbolo do próprio Mackenzie. Lembro que ele desceu do ônibus no mesmo ponto que eu, com a cadeira, e sempre muito mal humorado. Parei no cruzamento para atravessar a rua, quando fechasse, e de repente, sinto algo me “atropelando”. Sim era a sua bendita cadeira inseparável... Afastei, para dar passagem. Não adiantou... A pequena roda da frente continuou insistindo em ficar em cima do meu singelo all star 35... ai descobri: se tratava de mais um produto da fantástica fábrica de maluquinhos...
A mania do querido é atropelar, propositadamente o pé dos passantes que, quanto mais tentar afastar, mas atrai o dito...

Hoje encontrei o próprio... Logo que ele surgiu, relembrei de já tê-lo visto por aí... Claro, ele logo entrou em ação e escolheu sua vítima, e eu tratei de me afastar completamente de qualquer espaço passível de virar rota. Funcionou.

Mas gerou esse texto hoje e lembrei de tantos outros doidinhos que vejo sempre por aí...

Mas isso é assunto para um outro post...

Um comentário:

  1. se vc quiser encontrar esta famigerada figura, basta aguardar algum dos onibus de piso baixo que passam defronte ao mack, por volta das 18h30m.
    e quando entrar no onibus, muito cuidado com a cadeira, que hoje carregava uma mochila esportiva pequena
    ah! seria muito dizer que ele deveria pagar pelo transporte da cadeira? afinal, ele foi sentado e a cadeira aberta... =|

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